Vidraria de laboratório 736t27

As vidrarias de laboratório são instrumentos utilizados para a realização de experimentos científicos, com o fim de garantir a precisão e exatidão dos resultados. 1e66w

As vidrarias de laboratório são ferramentas indispensáveis para o trabalho científico, sendo usadas para medir, aquecer, misturar e armazenar substâncias. Para isso, elas são feitas, em geral, de vidro resistente ao calor e a produtos químicos, como o borossilicato. 46483e

Béqueres, pipetas, erlenmeyers e buretas são apenas alguns exemplos desses instrumentos que garantem tanto a precisão dos experimentos quanto a segurança dos pesquisadores.

Além disso, é importante consultar as normas de segurança técnica disponíveis a fim de se garantir a utilização correta, bem como o sucesso das análises químicas e biológicas, promovendo resultados confiáveis e seguros no ambiente laboratorial.

Leia também: Afinal, o que é o soluto e o que é o solvente em uma solução?

Resumo sobre vidrarias de laboratório 4v4r21

  • As vidrarias de laboratório são instrumentos usados armazenar, aquecer, misturar e mensurar substâncias.

  • As principais vidrarias são: béquer, erlenmeyer, pipeta volumétrica, pipeta graduada, proveta, bureta, funil de vidro, funil de separação, balão de fundo redondo, balão volumétrico, pisseta, tubo de ensaio, dessecador, cadinho, vidro de relógio, condensador, funil de Büchner, kitassato, cadinho, almofariz e pistilo.

  • As etapas de lavagem das vidrarias envolvem: remoção de resíduos, lavagem com detergente neutro, enxágue com água da torneira, enxágue com água destilada ou deionizada, e secagem.

  • Existem equipamentos que auxiliam nas análises, como: balança analítica, pHmetro, centrífuga, agitador magnético, capela de exaustão, bico de Bunsen, e termômetro digital.

Nomes das vidrarias de laboratório 6xi5t

Segue a lista abaixo com os nomes das principais vidrarias encontradas em laboratórios de pesquisa e ensino de Química:

  • Béquer

  • Erlenmeyer

  • Pipeta volumétrica

  • Pipeta graduada

  • Proveta (cilindro graduado)

  • Bureta

  • Funil de vidro

  • Funil de separação (funil de decantação)

  • Balão de fundo redondo

  • Balão volumétrico

  • Pisseta (frasco lavador)

  • Tubo de ensaio

  • Dessecador

  • Cadinho

  • Vidro de relógio

  • Condensador

  • Funil de Büchner

  • Kitassato

  • Termômetro de vidro

  • Almofariz e pistilo

  • Frasco volumétrico

  • Frasco de kitassato

Função das vidrarias de laboratório 1j1m73

No laboratório de Química, o uso de vidrarias é fundamental para a realização de experimentos, nos quais cada peça tem uma função específica, ajudando, por exemplo, a garantir precisão e segurança. Sendo assim, falaremos um pouco sobre a função das principais.

  • Béquer: recipiente cilíndrico com bico que é usado para preparar, dissolver ou misturar soluções. Também é utilizado para aquecer líquidos, embora com pouca precisão de volume.

Béqueres de diferentes tamanhos, exemplos de vidrarias de laboratório.

  • Erlenmeyer: frasco de base larga e boca estreita que é útil para misturar soluções sem risco de derramamento, além de ser empregado na titulação e no aquecimento de líquidos.

Erlenmeyers de diferentes tamanhos, exemplos de vidrarias de laboratório.

  • Pipeta volumétrica: projetada para medir e transferir volumes fixos e precisos de líquidos, ou seja, é utilizada quando é necessário grande precisão.
Pipetas volumétricas, exemplos de vidrarias de laboratório.
As pipetas variam de tamanho de acordo com a capacidade volumétrica.
  • Pipeta graduada: diferente da volumétrica, essa pipeta permite medir volumes variados de líquidos, sendo menos precisa, mas versátil.
Pipetas graduadas, exemplos de vidrarias de laboratório.
As pipetas graduadas têm marcações indicando diferentes volumes.
  • Proveta: cilindro vertical com marcações que permite medir volumes de líquidos de forma razoavelmente precisa.
Provetas de tamanhos diferentes, exemplos de vidrarias de laboratório.
As provetas têm uma base que possibilita deixá-las fixas enquanto são preenchidas.[1]
  • Bureta: tubo longo, graduado, com uma torneira na parte inferior, que é utilizado em titulações para liberar volumes controlados de reagentes.
Buretas de tamanhos diferentes, exemplos de vidrarias de laboratório.
As buretas possibilitam controlar a velocidade de uma reação.
  • Funil de vidro: é utilizado para transferir líquidos de um recipiente para outro, ou para processos de filtração, quando utilizado com papel de filtro.

Dois funis de vidro, exemplos de vidrarias de laboratório.

  • Funil de separação (ou funil de decantação): tem a forma de pera, com uma torneira na base. É usado para separar líquidos imiscíveis (como água e óleo) por decantação.
Funil de separação de vidro, exemplo de vidraria de laboratório.
A torneira na base do funil permite controlar a vazão durante a separação dos líquidos.
  • Balão de fundo redondo: é uma vidraria com fundo esférico, ideal para aquecimento uniforme de líquidos em reações que ocorrem sob refluxo ou destilação.
Balão de fundo redondo, exemplo de vidraria de laboratório.
Balão de fundo redondo conectado a um evaporador rotativo.
  • Balão volumétrico: tem um fundo chato e é projetado para conter volumes exatos de líquidos. É usado principalmente para preparar soluções de concentração precisa.
Balões volumétricos de diferentes volumes, exemplos de vidrarias de laboratório.
Balões volumétricos de diferentes volumes.
  • Kitassato: frasco de vidro grosso, parecido com o erlenmeyer, mas com uma saída lateral. É utilizado em conjunto com o funil de Büchner e uma bomba a vácuo para realizar filtrações sob pressão reduzida.
Kitassato, exemplo de vidraria de laboratório.
A saída lateral do kitassato serve para conectar uma bomba a vácuo para o processo de filtração.[2]
  • Condensador: utilizado em processos de destilação ou refluxo, em que sua função principal é resfriar os vapores para que eles condensem e retornem ao estado líquido.
Condensador, exemplo de vidraria de laboratório.
O condensador tem saídas laterais para conectar o fluxo de água que resfriará os vapores.
  • Tubos de ensaio: pequenos tubos cilíndricos que são usados para realizar reações químicas em escalas menores, aquecer substâncias ou observar fenômenos com pouca quantidade de amostras.
Tubos de ensaio, exemplos de vidrarias de laboratório.
Geralmente os tubos de ensaio são acondicionados em uma estante para facilitar o seu manuseio.
  • Vidro de relógio: pequeno disco de vidro côncavo que é usado para pesar substâncias ou cobrir béqueres durante o aquecimento.
Vidro de relógio com substância, exemplo de vidraria de laboratório.
Vidro de relógio com substância a ser pesada.
  • Cadinho: pequeno recipiente de porcelana que é utilizado para aquecer substâncias em altas temperaturas ou realizar fusões.
Cadinho, exemplo de vidraria de laboratório.
O cadinho pode ser exposto diretamente a chamas, como em bicos de Bunsen.
  • Almofariz e pistilo: são instrumentos utilizados para triturar e misturar substâncias sólidas. O almofariz é um pequeno recipiente, geralmente feito de porcelana, vidro ou cerâmica, com formato arredondado e fundo côncavo. Já o pistilo é uma espécie de bastão, também de material resistente, usado para esmagar e moer as substâncias dentro do almofariz.
Pistilo dentro do almofariz, exemplo de vidraria de laboratório.
Pistilo dentro do almofariz.
  • Funil de Büchner: funil largo de porcelana, com uma base perfurada, que é usado em filtrações a vácuo, com um kitassato, para acelerar o processo de filtração.
Funil de Büchner, exemplo de vidraria de laboratório.
O funil de Büchner é específico para filtração a vácuo.
  • Dessecador: recipiente fechado, geralmente contendo sílica gel ou outro agente dessecante, que é usado para armazenar substâncias que precisam permanecer secas.
Dessecadores, exemplos de vidrarias de laboratório.
No dessecador, o agente dessecante fica na parte inferior do recipiente.
  • Espátula de aço inoxidável ou de porcelana: embora não seja exatamente uma vidraria, é frequentemente usada no laboratório para manipular pequenas quantidades de sólidos, como reagentes.
Espátulas em texto sobre vidrarias de laboratório.
Espátulas com extremidades maiores permitem o manuseio de uma maior quantidade de amostras.[3]
  • Pisseta: frasco plástico com bico fino que é utilizado para lavar vidrarias ou adicionar água destilada em experimentos.
Pisseta usada para lavar vidrarias de laboratório.
Embora não seja uma vidraria, a pisseta é um item essencial nos laboratórios.

Vidrarias mais utilizadas para medir volume com precisão 6ev6s

Dentre as dezenas de vidrarias existentes em um laboratório, existem aquelas específicas para medir volumes com precisão, por exemplo:

  • pipeta volumétrica;

  • bureta;

  • balão volumétrico;

  • pipeta graduada;

  • proveta.

Veja também: Quais são os métodos usados para separar misturas?

Como limpar as vidrarias de laboratório? 463z4j

O processo de limpeza das vidrarias laboratório deve seguir procedimentos específicos para cada tipo a fim de garantir a precisão dos experimentos e evitar contaminações. Isso não apenas ajuda a remover resíduos de substâncias químicas como também mantém a segurança no ambiente. A seguir, destacamos as etapas necessárias para uma boa limpeza:

  1. Antes de começar a limpeza, é importante descartar corretamente os resíduos presentes na vidraria. Por exemplo, nunca despeje substâncias químicas diretamente no ralo! Siga as normas do laboratório para o descarte adequado, utilizando recipientes próprios para resíduos, especialmente os corrosivos ou tóxicos.

  1. Após o descarte, enxágue a vidraria com água corrente para remover o máximo de resíduos possível. Isso facilita a limpeza com detergente e evita que substâncias reagentes permaneçam na superfície do vidro.

  1. Lave a vidraria com detergente neutro e uma escova específica para laboratório que tenha o tamanho adequado para cada vidraria. A escova é essencial para alcançar o interior de frascos, balões e tubos de ensaio. Além disso, tenha cuidado para não usar materiais abrasivos que possam arranhar o vidro, pois isso pode comprometer futuras medições e experimentos.

  1. Após a lavagem com detergente, é necessário realizar o enxágue com água destilada, uma vez que a água da torneira pode conter impurezas, que, mesmo em pequenas quantidades, podem interferir em experimentos futuros.

  1. Deixe as vidrarias secarem ao ar livre, preferencialmente em um escorredor apropriado para laboratório, em que possam escorrer completamente. Evite usar panos, pois eles podem deixar fibras que contaminariam a vidraria. Contudo, se necessário, pode-se secar a vidraria com uma estufa em baixa temperatura.

  1. No caso de vidrarias usadas para substâncias voláteis ou que deixem resíduos oleosos, pode ser necessário o uso de solventes apropriados (como álcool ou acetona) antes da secagem para garantir que o material fique totalmente limpo.

Do que são feitas as vidrarias de laboratório? 2h5e2b

As vidrarias de laboratório são, em sua maioria, feitas de vidro borossilicato, um tipo de vidro resistente ao calor, a choques térmicos e a substâncias químicas corrosivas. Ele é utilizado porque tem uma baixa expansão térmica, ou seja, não quebra facilmente ao ser aquecido ou resfriado rapidamente, o que é essencial em muitos experimentos. Além disso, esse vidro garante a segurança e durabilidade nas vidrarias, permitindo o uso delas em uma ampla variedade de reações químicas e em diferentes temperaturas.

Saiba mais: O que pode alterar a velocidade de uma reação química?

Equipamentos de laboratório 234m45

Assim como as vidrarias, os equipamentos de laboratório são instrumentos essenciais para realizar experimentos de forma precisa e segura. A seguir, citamos os principais:

  • Balança analítica: é usada para medir massas com alta precisão em experimentos que exigem precisão rigorosa, como na preparação de soluções padrão e análises quantitativas.

Balança analítica em texto sobre vidrarias de laboratório.
A balança analítica pode medir com precisão de até quatro casas decimais (0,0001 g).[4]
Cientista manuseando pHmetro em texto sobre vidrarias de laboratório.
O pHmetro tem um eletrodo que é inserido na amostra, fornecendo resultados rápidos e precisos.
  • Centrífuga: separa componentes de misturas líquidas, como células ou partículas, utilizando a força centrífuga ao girar as amostras em alta velocidade.
Cientista manuseando centrífuga em texto sobre vidrarias de laboratório.
A centrífuga é um instrumento de separação de misturas.
  • Agitador magnético: mistura soluções por meio de um ímã giratório dentro do líquido, garantindo uma agitação homogênea.
Agitador magnético em texto sobre vidrarias de laboratório.
O agitador magnético faz com que o imã em forma de barra gire dentro da solução, agitando-a.
  • Capela de exaustão: utilizada para manipular substâncias tóxicas ou voláteis, evitando a dispersão de vapores no ambiente.
Cientista fazendo experimentos em capela de exaustão, em texto sobre vidrarias de laboratório.
A capela de exaustão garante a segurança do usuário durante a manipulação de substâncias voláteis ou perigosas.
  • Bico de Bunsen: fonte de chama para aquecer substâncias durante reações ou análises.
Bico de Bunsen com chama acesa, em texto sobre vidrarias de laboratório.
A chama do bico de Bunsen pode ser ajustada para diferentes intensidades, dependendo da necessidade do experimento.
  • Termômetro digital: mede a temperatura com precisão, podendo ser usado em líquidos ou gases.
Termômetro digital em texto sobre vidrarias de laboratório.
O termômetro digital é mais seguro e preciso que termômetros de mercúrio.

→ Videoaula sobre materiais e equipamentos de laboratório 4d1w41

Créditos das imagens

[1] Wikimedia Commons

[2] Wikimedia Commons

[3] Wikimedia Commons

[4] Wikimedia Commons

Fontes

FELTRE, Ricardo. Aprendendo mais sobre o laboratório de Química. In: QUÍMICA GERAL. 6. ed. São Paulo: Moderna, 2004. v. 1, p. 37–38.

GAVETTI, Sandra Mara Vieira de Camargo. Guia para utilização de laboratórios químicos e biológicos. Sorocaba: UNESP, 2013. Disponível em: https://www.sorocaba.unesp.br/Home/CIPA/Treinamento_para_utilizacao_de_laboratorios_quimicos_e_biologicos_leitura.pdf.

OLIVEIRA, Iara et al. De onde vêm os nomes das vidrarias de laboratório?. Química Nova, [s. l.], v. 41, n. 8, p. 933–942, 2018.

PERUZZO, Francisco Miragaia; CANTO, Eduardo Leite do. Materiais de laboratório e segurança. In: Química Geral e Inorgânica. 4. ed. São Paulo: Moderna, 2006. p. 39–41.


Fonte: Brasil Escola - /quimica/vidrarias-laboratorio.htm