O infinitivo – Uma forma nominal flexionada? 6v4z3k

Quando nos referimos às formas nominais, logo nos remetemos aos elementos compostos pela tríade – infinitivo, gerúndio e particípio. Mas tal conceito por si só não é suficiente ao nosso conhecimento, pois, na verdade, precisamos entender também o motivo pelo qual são denominadas de nominais. São duas as particularidades que as caracterizam como tal. A primeira reside no fato de que, em determinados contextos, assumem o valor de nomes, isto é, de substantivos, adjetivos ou verbos. Observemos: Os amigos convidou-nos para jantar. Neste caso, temos o verbo na forma original – o infinitivo. O jantar está servido. Aqui, ele já ocupa a posição de substantivo. Outro fator é que não expressam nem o tempo e nem o modo verbal, divergindo-se, portanto, dos demais. Atendo-nos às peculiaridades inerentes ao infinitivo, uma das principais é que ele representa o verbo em sua forma original, levando em consideração as três terminações (AR, ER, IR) – amar, vender, partir. Mas quanto à flexão? Já que a classe gramatical que mais apresenta flexões é justamente os verbos? É o que veremos adiante, partindo-nos do pressuposto de que o infinitivo se subdivide em pessoal e impessoal. Pessoal quando não se refere às pessoas do discurso, e pessoal, como já retrata a própria denominação, refere-se a elas, ou seja, é ível de flexão, com exceção da 1ª e 3ª pessoas do singular. Para o infinitivo pessoal O mesmo não se flexiona quando: * O verbo é usado indeterminadamente, assumindo o valor de substantivo: Exercitar é fundamental para a saúde. * O infinitivo tem valor imperativo: Reconhecer os próprios erros. * Regido da preposição “de”, complementa um adjetivo e assume valor ivo: Aquela família ou momentos difíceis de esquecer. (de serem esquecidos) * Regido de preposição, funciona como complemento de um substantivo, adjetivo ou verbo da oração anterior: Os alunos estão dispostos a competir. Consegui convencê-los a aceitar. * Surge como verbo principal de uma locução verbal: Precisamos nos unir para que possamos enfrentar os adversários nas competições. * Empregado numa oração reduzida que complementa um verbo auxiliar causativo (deixar, mandar, fazer) ou sensitivo (ver, sentir, ouvir, perceber), e tem como sujeito um pronome oblíquo: Deixe-os cantar. Ouviram-nos chegar. Para o infinitivo pessoal * O mesmo é flexionado quando houver sujeito diferente da oração anterior: Acredito serem vocês os vencedores das olimpíadas. * A flexão torna-se optativa quando a oração reduzida que complementa um auxiliar (causativo ou sensitivo) apresentar um substantivo como sujeito: Deixe as torcidas aplaudirem (ou aplaudir) os torcedores. Ouça os músicos cantarem (ou cantar). O outro caso é com o verbo parecer: Os meninos parecem gostar (parece gostarem) do filme. * Não se flexiona quando o sujeito da oração reduzida de infinitivo for o mesmo da oração anterior: Os candidatos irão à comissão organizadora para apresentar sua proposta. 5o2e6e

Por Vânia Duarte
Graduada em Letras
Equipe Brasil Escola

Gramática - Brasil Escola


Fonte: Brasil Escola - /gramatica/o-infinitivouma-forma-nominal-flexionada.htm