A febre do oropouche é uma doença causada pelo vírus Orthobunyavirus oropoucheense (OROV) e é transmitida por mosquitos, especialmente da espécie Culicoides paraensis. O aumento significativo dos casos da região Amazônica trouxe grandes preocupações para a comunidade e autoridades. 4z3x5
Os sintomas da febre do oropouche são bastante similares aos causados pela dengue, o que causa uma subnotificação dos casos de pessoas afetadas por essa doença, pois acabam recebendo o diagnóstico equivocado. A melhor forma de se prevenir contra a doença é por medidas que controlem a proliferação do mosquito que carrega o vírus.
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A febre do oropouche é uma doença causada pelo arbovírus Orthobunyavirus oropoucheense (OROV). O arbovírus é um tipo de vírus transmitido por artrópodes, e, no caso da febre do oropouche, sua transmissão se dá pela picada de mosquitos, principalmente da espécie Culicoides paraensis.
Surtos causados pelo vírus oropouche são registrados no Brasil desde a década de 1970. Casos da doença também já foram registrados em outros países da América do Sul e Central, como Panamá, Argentina, Bolívia, Equador, Peru e Venezuela. Atualmente, existe um aumento significativo de casos na região do Amazonas, o que tem preocupado a população e as autoridades.
A febre do oropouche é causada pelo vírus da espécie Orthobunyavirus oropoucheense, o agente etiológico da doença. O vírus é transmitido para os seres humanos pela picada de mosquitos, principalmente os da espécie Culicoides paraensis, vetor que carrega o vírus e transmite-o para os seres humanos.
Os sintomas causados pela febre do oropouche são similares aos causados pela dengue. Alguns são:
Importante: Em alguns casos raros, podem acontecer erupções cutâneas e sinais hemorrágicos. Mais raramente ainda, podem acontecer problemas mais graves, como meningites e meningocefalites.
O diagnóstico da febre do oropouche não é tão simples, uma vez que os sintomas da doença são muito parecidos com os causados por outras doenças, como a dengue. Dessa forma, muitos casos de pessoas infectadas pelo vírus oropouche acabam sendo diagnosticados como dengue, o que provoca uma subnotificação dos casos de febre do oropouche.
A falta de testes específicos para a febre do oropouche contribui para a confusão diagnóstica. Muitas vezes, os profissionais de saúde dependem de exames laboratoriais, como testes sorológicos e moleculares, para confirmar a infecção. No entanto, esses testes podem não estar prontamente disponíveis em todas as regiões afetadas, prolongando o período de diagnóstico e atrasando medidas de controle.
O tratamento da febre do oropouche é sintomático, focado no alívio dos sintomas e no e ao paciente durante o curso da doença, já que não existe um medicamento específico para combater o vírus. Assim, as medidas adotadas nesses casos são as seguintes:
Importante: Em situações em que a febre do oropouche apresenta complicações mais graves ou em casos de suspeita clínica que requerem uma confirmação específica, são realizados testes laboratoriais e moleculares. Esses testes têm como objetivo identificar o genoma do vírus Oropouche no organismo do paciente, proporcionando um diagnóstico mais preciso e permitindo um manejo mais adequado da condição.
As consequências da febre do oropouche variam de casos assintomáticos ou leves a manifestações mais graves, incluindo febre, dores musculares e articulares. Em alguns pacientes, a infecção pode evoluir para complicações neurológicas, como meningite e encefalite.
A doença pode impactar a qualidade de vida e a produtividade, sendo cruciais o diagnóstico precoce e o manejo adequado para evitar complicações mais graves.
A transmissão da febre do oropouche pode ser feita por dois ciclos — o ciclo silvestre e o ciclo urbano. Segundo o Ministério da Saúde, esses dois ciclos de transmissão se dão da seguinte maneira:
Nesses dois ciclos, a transmissão ocorre quando um mosquito infectado pica um hospedeiro suscetível, introduzindo o vírus em sua corrente sanguínea. O vírus então se multiplica no hospedeiro, o que pode resultar no surgimento dos sintomas característicos da febre do oropouche. À medida que os mosquitos picam hospedeiros já infectados, tornam-se vetores potenciais, capazes de transmitir o vírus a novos hospedeiros.
Veja também: Febre do nilo ocidental — outra doença viral transmitida por meio da picada de um mosquito
As formas de prevenção da febre do oropouche recaem sobre medidas que evitam a proliferação do mosquito e reduzem a exposição a ele. Algumas dessas medidas são:
A febre do oropouche e a febre mayaro são doenças causadas por arbovírus, transmitidas por mosquitos e que ocorrem nas Américas. No entanto, elas são causadas por vírus diferentes e apresentam algumas diferenças em termos de sintomas e vetores:
Fontes
BRASIL. Febre do Mayaro. Ministério da Saúde, [s.d.]. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/f/febre-do-mayaro.
BRASIL. Febre do Oropouche. Ministério da Saúde, [s.d.]. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/f/febre-do-oropouche.
MENEZES, M. Fiocruz confirma primeiro diagnóstico de febre oropouche no RJ. Fiocruz, 04 mar. 2024. Disponível em: https://portal.fiocruz.br/noticia/2024/03/fiocruz-confirma-primeiro-diagnostico-de-febre-oropouche-no-rj.
PEREIRA, Cristian dos Santos et al. Epidemiologia, diagnóstico e tratamento da febre de Oropouche no Brasil: revisão de literatura. Epidemiology, Diagnosis and Treatment of Oropouche Fever in Brazil: A Literature Review. Brazilian Journal of Health Review, v. 4, n. 6, p. 23912-23920, 2021.
Fonte: Brasil Escola - /doencas/febre-do-oropouche.htm