O relevo a dinamicamente por sucessivos processos de formação e transformação. Tal ocorrência é operacionalizada por diversos fatores, que são chamados de agentes de transformação do relevo. Esses agentes são subdivididos entre aqueles que se manifestam internamente e os que se manifestam externamente. No presente texto, o objetivo é explicar o funcionamento dos primeiros, os agentes endógenos de transformação do relevo.
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Os agentes endógenos, também chamados de agentes internos, são aqueles que atuam abaixo da superfície ou que são oriundos de fenômenos internos. Nessa categoria, podemos citar o tectonismo, o vulcanismo e os terremotos. De certa forma, todos esses fenômenos naturais estão articulados entre si e compõem, no geral, uma mesma cadeia de acontecimentos.
O tectonismo refere-se a todos os processos associados ao movimento das placas tectônicas. Tal fator é responsável pela emergência de diferentes formas de relevo, notadamente as cadeias montanhosas que surgem do choque entre duas placas distintas, em que a mais pesada afunda no magma e a mais leve permanece em ascensão, com o “enrugamento” de sua superfície e formação de relevos acidentados.
Exemplos de relevos formados pelo tectonismo: Cordilheira dos Andes (América do Sul), Cordilheira do Himalaia (Ásia) e Montanhas Rochosas (América do Norte).
O vulcanismo, pode-se dizer, é uma das consequências diretas das ações do tectonismo. A presença de vulcões quase sempre ocorre em pontos de encontro entre duas ou mais placas, em áreas em que as atividades magmáticas são mais intensas e geram uma maior pressão sobre a crosta terrestre, onde se formam as atividades vulcânicas. O vulcanismo transforma o relevo quando a lava por ele expelida, junto a alguns materiais sólidos (piroclastos), é solidificada na superfície, formando as rochas ígneas vulcânicas, a exemplo do basalto.

Lava transformando-se em rochas
Já os terremotos – novamente uma consequência do tectonismo – ocorrem em face do alívio da tensão geológica, em que pontos de contato entre placas tectônicas geram zonas de tensão geológica, onde durante muito tempo acumula-se energia, fazendo com que parte dela seja liberada abruptamente e os abalos sísmicos ocorram. Outro fator que contribui para a ocorrência dos terremotos são as falhas geológicas, que ocasionam a instabilidade do terreno.
Todos esses fatores, como já mencionamos, estão interligados entre si. Em alguns casos, ações de vulcões podem desencadear terremotos, e também os abalos sísmicos podem intensificar atividades vulcânicas. E tudo isso está atrelado ao movimento das células de convecção do magma terrestre, em que o manto movimenta-se em formas circulares e pressiona a crosta terrestre, ocasionando todas as ações acima elencadas.
Por Me. Rodolfo Alves Pena