As interjeições são palavras invariáveis que exprimem emoção. Já as locuções interjetivas são duas ou mais palavras que formam uma expressão com efeito de interjeição.
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Podemos dizer que as interjeições agem sobre o interlocutor levando-o a adotar certo comportamento sem que, para isso, sejam necessárias estruturas linguísticas mais elaboradas. É possível considerarmos a interjeição como sendo uma palavra-frase que não desempenha função sintática pelo fato de agir como uma estrutura à parte.
→ Observe os exemplos das interjeições mais recorrentes na nossa língua e aquilo que elas exprimem/indicam:
Tomara!, oxalá!, queira Deus!, quem me dera! (Desejo)
Psiu!, calado!, quieto!, bico fechado! (Pedido de silêncio)
Fique atento: a compreensão de uma interjeição depende da análise do contexto do enunciado.
Locuções interjetivas
Podemos dizer que as locuções interjetivas são duas ou mais palavras que formam uma expressão com efeito de interjeição. De maneira geral, quando representadas na escrita, as interjeições e as locuções interjetivas vêm seguidas de um ponto de exclamação (!).
ARAúJO, Luciana Kuchenbecker.
"Interjeição e locução interjetiva"; Brasil Escola.
Disponível em: /gramatica/interjeicao-.htm. o em 28 de
maio
de 2025.
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Lista de exercícios
Exercício 1
Sabemos que cada classe de palavras exerce alguma função morfológica no interior dos enunciados. Assim, podemos dizer que as interjeições têm a função de:
a) imitar os sons da realidade, como o latido de um cão, o barulho de uma porta sendo fechada, um vidro quebrado, um telefone tocando.
b) exprimir, de forma instantânea e enfática, sentimentos, emoções e reações psicológicas por meio dos sinais de pontuação, de gestos, bloqueios e efeitos sonoros. Exemplos: Psiu! Oh! Uau!
c) repetir os fonemas tônicos para que as palavras possam ser rimadas e dar sonoridade ao texto.
d) enfatizar palavras e expressões a partir do uso exagerado de sinais de pontuação.
e) realçar a combinação fonética intencional por parte do autor para causar efeitos sensoriais durante a leitura/declamação dos textos.
Leia o poema “Canção do Exílio Facilitada”, de José Paulo Paes, que é uma paródia do poema “Canção do Exílio”, do poeta romântico Gonçalves Dias, para responder às questões 2 e 3:
Canção do Exílio Facilitada
LÁ?
AH!
SABIÁ...
PAPÁ...
MANÁ...
SOFÁ...
SINHÁ...
CÁ
BAH!
Tendo em vista a linguagem empregada e seus efeitos de sentido, podemos dizer que no poema há:
a) Onomatopeias: emprego de uma palavra ou de um grupo de palavras no intuito de imitar os sons da realidade.
b) Linguagem Fática: os sons produzidos pela linguagem fática não são dicionarizados, ou seja, não têm sentido próprio.
c) Palavras com sentido próprio e duas interjeições (ah! e bah!) que sintetizam o estado de espírito do eu lírico em relação à pátria e ao lugar em que se encontra.
d) Palavras com sentido próprio e três interjeições (sabiá!, papá!, cá!), as quais tentam imitar os sons da realidade.
e) Aliteração: repetição de consoantes para produzir um efeito sonoro significativo.