O galvanômetro é um aparelho elétrico que visa determinar as correntes elétricas ou tensões elétricas de baixa intensidade nos circuitos elétricos. Existem atualmente dois modelos principais de galvanômetro no mercado, o galvanômetro de bobina móvel e galvanômetro de ferro móvel.
Leia também: Quais são os aparelhos elétricos de medição?
Tópicos deste artigo
- 1 - Resumo sobre o galvanômetro
- 2 - O que é galvanômetro?
- 3 - Para que serve o galvanômetro?
- 4 - Tipos de galvanômetro
- 5 - Como funciona o galvanômetro?
- 6 - Diferenças entre galvanômetro e amperímetro
- 7 - Como fazer um galvanômetro?
- 8 - Galvanômetro de D’Arsonval
- 9 - História do galvanômetro
Resumo sobre o galvanômetro
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O galvanômetro é um dispositivo sensível de medição das correntes elétricas ou tensões elétricas de baixa intensidade nos circuitos elétricos.
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O galvanômetro pode ser do tipo bobina móvel ou do tipo ferro móvel.
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O galvanômetro funciona por causa da interação do campo magnético com uma corrente elétrica.
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O amperímetro consegue medir diferentes intensidades e tipos de corrente elétrica (alternada ou contínua) dependendo do tipo de amperímetro.
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O galvanômetro de D’Arsonval é o galvanômetro de bobina móvel.
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Os primeiros galvanômetros desenvolvidos foram o galvanômetro de Schweigger, o galvanômetro tangente e o galvanômetro de Nobili.
O que é galvanômetro?

O galvanômetro é um dispositivo sensível de medição elétrica da corrente elétrica de baixa intensidade ou da tensão elétrica de baixa densidade nos circuitos elétricos. Em razão disso, ele é comumente empregado na engenharia elétrica, nos estudos dos circuitos elétricos industriais e residenciais.
Para que serve o galvanômetro?
A função do galvanômetro é principalmente medir correntes elétricas de baixa intensidade que am em um fio condutor ou dispositivo que pertence a um circuito elétrico, mas também podem medir tensões elétricas de baixa intensidade.
Tipos de galvanômetro
Os galvanômetros podem ser do tipo bobina móvel ou do tipo ferro móvel.
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Galvanômetro de bobina móvel (galvanômetro de D’Arsonval):
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Alta sensibilidade na detecção de correntes elétricas de menor intensidade.
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Elevada precisão em suas medições.
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Alto custo de aquisição.
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Galvanômetro de ferro móvel:
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Baixa sensibilidade na detecção de correntes elétricas de menor intensidade, em comparação com o galvanômetro de bobina móvel.
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Menor precisão em suas medições.
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Baixo custo de aquisição.
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Como funciona o galvanômetro?
No interior do galvanômetro temos uma bobina dentro de um campo magnético (externo à bobina). Quando essa bobina é percorrida por uma corrente elétrica, um outro campo magnético é produzido. Esse campo irá interagir com o campo magnético externo de modo que surgirão forças de origem magnética. Essas forças farão com que o ponteiro do galvanômetro aponte para a intensidade da corrente elétrica que se deseja medir.
Para que o galvanômetro funcione é necessário que a corrente elétrica o percorra e que ele seja instalado em série ao circuito elétrico.
Diferenças entre galvanômetro e amperímetro

O galvanômetro e o amperímetro são dispositivos de medição da corrente elétrica que possuem algumas diferenças. Enquanto o galvanômetro é um dispositivo que só mede correntes elétricas de baixa intensidade, o amperímetro consegue medir diferentes intensidades e tipos de corrente elétrica (alternada ou contínua) dependendo do tipo de amperímetro. Para isso ele precisa ser colocado em série no circuito elétrico.
Como fazer um galvanômetro?
Para fazer um galvanômetro em casa basta seguir as orientações abaixo.
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Materiais necessários:
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Um pedaço de papelão ou madeira para a base.
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Um fio condutor fino e isolado esmaltado.
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Uma agulha fina.
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Um ímã de geladeira.
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Fita adesiva ou cola.
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Dois pedaços de fio para conexão.
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Uma pilha.
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Modo de fazer:
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Enrole o fio ao redor de um tubo de caneta de modo que vire uma bobina com espiras e retire o tubo de caneta.
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Fixe, usando uma cola, a agulha horizontalmente no centro da bobina de maneira que permita que ela gire livremente.
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Coloque o ímã próximo à bobina para que seu campo magnético tenha contato com a agulha.
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Conecte as partes externas da bobina aos fios de conexão e observe como a agulha se comporta.
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Galvanômetro de D’Arsonval
![Galvanômetro de D’Arsonval, o galvanômetro de bobina móvel. [1]](https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fs4.static.brasilescola-uol-br.diariodomt.com%2Fbe%2F2025%2F01%2Fgalvanometro-darsonval.jpg)
Também chamado de galvanômetro de bobina móvel, o galvanômetro de D’Arsonval é um tipo de galvanômetro que funciona através da interação do campo magnético de uma bobina, produzido por uma corrente elétrica que a pela bobina, com o campo magnético de um imã permamente.
História do galvanômetro
Entre 1820 e 1829, o químico e físico Hans Oersted (1777-1851) descobriu a relação entre a eletricidade e o magnetismo, que ou a ser a grande área do eletromagnetismo, quando observou que quando uma corrente elétrica percorria um fio condutor, a direção da agulha magnética de uma bússola nas suas redondezas mudava. Com essa descoberta, foram desenvolvidos os primeiros galvanômetros, o galvanômetro de Schweigger, o galvanômetro tangente e o galvanômetro de Nobili.
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Galvanômetro de Schweigger: também chamado de multiplicador de Schweigger é um galvanômetro desenvolvido pelo químico, físico e matemático Johann Schweigger (1779-1857) que consistia em uma bobina de fio enrolada ao redor de uma agulha magnética.
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Galvanômetro tangente: é um galvanômetro desenvolvido pelo poeta, físico e meteorologista Johan Jakob Nervander (1805-1848) e pelo físico Claude Pouillet (1790-1868) que consistia em uma bobina circular com uma agulha magnética em seu centro.
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Galvanômetro de Nobili: é um galvanômetro desenvolvido pelo físico Leopoldo Nobili (1784-1835) que consiste em diversas espiras de fio com uma agulha magnética suspensa em seu centro.
Crédito de imagem
[1] Museu Nacional de Ciência e Tecnologia Leonardo da Vinci / Wikimedia Commons (reprodução)
Fontes
HALLIDAY, David; RESNICK, Robert; WALKER, Jearl. Fundamentos da Física: Eletromagnetismo (vol. 3). 10. ed. Rio de Janeiro, RJ: LTC, 2016.
NUSSENZVEIG, Herch Moysés. Curso de física básica: Eletromagnetismo (vol. 3). Editora Blucher, 2015.
SAMPAIO, José Luiz; CALÇADA, Caio Sérgio. Universo da Física: Ondulatória. Eletromagnetismo, Física Moderna. São Paulo: Atual, 2005.
